quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

DRAGÃO


Hoje
eu quero colo
quero abrigo
quero uma canção,
quero um afago
quero um amigo.
Preciso acalmar o velho
e terrível dragão
que insiste a queimar meu peito
sempre pelo mesmo motivo:
o amor.

Daniel Mauricio

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

AGOSTO

Agosto
mês do desgosto
seria apenas uma rima
ou mera superstição?
Agosto
mais do que nome de um mês
é um estado de espírito.
Hoje, amanheci agosto!!
amargo na língua
olhos tristes
coração doído
mal iluminado, frio.
É uma coisa estranha
encalacrada na alma
feito saudade de quem já se foi
e de quem ainda nem se conhece.
Agosto
mês do cachorro louco!!
Louco estou eu
de amor por uma leonina
nascida em agosto.
A gosto do destino
vou seguindo
vou me entregando sem resistência
feito animal no cio.

Daniel Mauricio

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

FARÓIS ACESOS

Os faróis acesos
demonstram que a noite vem deslizando
feito serpente pelas paredes
dos prédios inquietos,
tomando conta de toda a cidade.
Indiferente aos ruídos loucos,
ruídos roucos pré-fabricados
pelo homem/máquina
dormem tranqüilos os mendigos nas calçadas,
fogem assustados os rostos engravatados
na solidão egoísta
dos tempos modernos.

Daniel Mauricio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

MULHER GUERREIRA

Foste forjada no fogo
Como uma espada poderosa
Guerreira formosa
Vem como o vento
Sossegar meu peito
Que arde de amor.
És forte
Cobiçada
Dura
Mortal.
Mas ao mesmo tempo
És bela
Doce
Insinuante
Belíssima Nanci.
Por ti nasci
E sem ti
Estou a perecer.

Daniel Mauricio

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Poemas Tortos


Há poemas que nascem tortos
quase mutilados.
uns sem braços, mancos
ou sem pé nem cabeça.
Uns despertam a mente
com filosóficas reflexões.
outros, magistralmente tocam fundo no peito
provocando emoções.
Cores, sabores, sons, formas, perfumes, paixões.
Vida, paz, sexo, amor, religião.
São alguns dos ingredientes,
dos poemas universais.

Daniel Mauricio

Filha Rebelde


Minha poesia vagabunda
saiu da Rua Riachuelo toda prosa
ganhou ares respeitosos no Centro Cívico
desfilou faceira na Rua XV
e alçou vôo mundo a fora.
Ah, minha filha doida, rebelde e aventureira
desperte o amor
provoque sensações
mas acima de tudo,
seja muito feliz por quer que andar.

Daniel Mauricio

Sabá


Ana Cláudia
poderosa Rainha de Sabá
dos tempos modernos.
Tal como Salomão,
quedei-me maravilhado aos teus encantos.
Corpo talhado pelos deuses
desperta a cobiça
inspira mil cânticos de amor.
Caravanas de Marrocos, do Egito e de Países Nórdicos
vêm em solene peregrinação
oferecer presentes e aprender com seus dons.
Espírito intrigante,
alma cativante,
indica aos errantes o caminho da paz.
Ah, Rainha de Sabá.
Teu sabor de céu
desperta meus desejos pecaminosos
põe em cheque minhas crenças e minhas certezas
ante a nudez da tua pele bombom.

Daniel Mauricio

Menina Mulher


Sintia, meu colibri esvoaçante
despertando as flores sedentas de beijos
em plena raiar do sol.
Jeito de menina,
moleca, travessa,
mas formadora de opinião.
Na cama revela-se mulher,
mulher ciosa, balzaquiana
que subjuga o gigante
com apenas um gesto.
O Nilo todo te inveja
Oh, Cleópatra brasileira
que com apenas um sim,
tens a teus pés, um exército de amantes.

Daniel Mauricio

quinta-feira, 28 de julho de 2011

MEU VÍCIO



Minha vida era como um jogo de xadrez.
Tudo milimetricamente estudado, pode-se dizer que até previsível.
Daí surgiu você.
Não que estivesse longe, ausente.
Meus olhos é que me traíam, indo a busca de sombras
Talvez lembranças ou sonhos de um passado que nem chegou a acontecer.
Você, tão presente, prazerosamente ao alcance dos meus braços
Já acostumados com a solidão.
Meu coração arredio, receoso, mas estupidamente apaixonado
Se fez vencido, deixando-se elevar aos sete céus.
Borboletas, sinos, flores, perfumes, luzes...
Numa sincronia orgasmática
Nervos, peles, olhos, bocas, corpos em êxtase, respiração.
Tornamos caçadores da aurora boreal.
Marise,
Suas palavras, seus gestos, seu cheiro, sua alma
Impregnados ficaram em mim.
Seu corpo é o meu vinho é o meu vício
Que como néctar derrama-se sobre mim.
Não sei se estou louco ou só embriagado de tanto prazer.
Só sei que estou salvo, pois o seu melhor reservou só pra mim.

Daniel Mauricio

quinta-feira, 9 de junho de 2011

NOITE NOS OLHOS


OLHOS NEGROS
COMO NOITE SEM LUA,
SEM ESTRELAS.
APAGADOS,
ASSUSTADOS,
ESBUGALHADOS,
FIXOS NO NADA.
PEQUENA FERA PERSEGUIDA,
ACUADA,
MACHUCADA,
SORVE DA NOITE A ESCURIDÃO.
ENEGRECE A ALMA
NOITE FANTASMA
A LÍNGUA AMARGA
NEM LEMBRA POR ONDE PASSOU.
VIDA TRISTE, PEQUENA E BESTA
É NOITE NOS OLHOS
O RESTO É ILUSÃO.

Daniel Mauricio



terça-feira, 7 de junho de 2011

SOMBRAS ESQUECIDAS ?

Tal como o coelho
de Alice no País das Maravilhas
estamos sempre correndo,
sempre atrasados,
sempre com muita pressa.
Desta forma não temos tempo
de pensar nos grandes amigos
ou meros colegas
que passaram por nossas vidas.
É triste, é doído, é estranho
de repente vão-se esvaecendo as imagens,
os detalhes, os contornos dos rostos antes tão presentes.
Quem, ainda, se lembra de Haroldo Vasconcellos Jordani,
o famoso Mister Magoo,
 um sarrista de primeira ordem.
Quem se lembra de Floresti Volpato Muraro,
um perfeito casmurro de alma boa,
que sempre dizia “certo tá”.
Quem se lembra de Gilberto de Carlli Faquinello,
um moço ranzinza de sorriso fácil.
Quem se lembra de Jorge Kendi Matsusaki,
um japonês, com sentimentos a flor da pele.
Quem se lembra de Artur Menin Filho,
um homem enorme com coração de criança.
Quem se lembra de Teodósio Zdebski,
um sonhador, que garimpava as melhores palavras
pra não ofender ninguém.
É, eles se foram para outra dimensão,
onde não há pressa, não há esquecimento.
Por isso, tomara que de nossas lembranças
eles nunca deixem de existir.
Que num lampejo de sonhos
como numa conversa casual
possamos relembrar de momentos especiais,
a fim de que eles não se tornem
meras sombras de passados esquecidos.

Daniel Mauricio

quarta-feira, 1 de junho de 2011

BELEZAS


É a borboleta que dá cor à flor?
Ou é a flor que empresta a cor à borboleta?
É a liberdade que dá asas?
Ou são as asas que permitem a liberdade?
Pouco importa.
O importante é poder desfrutar
Da beleza, da leveza, da agilidade,
Do colorido da magnífica borboleta.
Borboleta inseto
Borboleta sexo
Borboleta mulher.

Daniel Mauricio

ODALISCA

Elaine
meu sangue mouro
pulsa forte no peito
gritando pelo teu nome,
louco de desejos.
Corpo magnífico
torre majestosa
embriaga meus olhos
que não se cansam de admirar.
Na escalada do amor
tira o meu ar
enfraquece meu corpo
mas eleva minha alma de alpinista
aos píncaros da emoção.
Meus pensamentos
são folhas secas que se desprendem,
e levadas pelo vento
vão em busca do teu cheiro de mulher.
Oh, deusa do meu amor perdido
é prazeroso tocar sua pele macia,
passar a língua vagarosamente
no teu baixo ventre
que entre arrepios e gemidos quentes
enlaça-me como serpente
esgotando o meu ser.
Mamilos suplicantes
frutos da antiga Pérsia
saciam minha sede.
Em minha tenda de tuaregue do deserto
sinto-me um poderoso sultão.
Vem, odalisca preciosa, doce Sherazade,
olhos esverdeados ou seriam multicor?
Entre véus e pedrarias
me seduz com a dança do amor.

Daniel Mauricio

sexta-feira, 20 de maio de 2011

OLHOS VERDES

Na confusão dos meus pensamentos noturnos
surgem teus olhos verdes,
nítidos e silenciosos
a percorrer gulosamente o meu corpo.
Absinto, esmeraldas,
pedras de fogo em verdes oceanos
a embriagar a minha alma.
Alma cativa, que deixa-se perder na imensidão do verde,
na esperança de encontrar, em ti, o amor perdido.
Corpo desnudo,
praia de areia branca
vestido apenas pelo manto da sensibilidade
sob a luz esquálida do luar.
Despertam os sentidos...
Lábios entreabertos sedentos de beijos.
Orquídea rara
aninhada ternamente em lençóis de algodão egípcio.
Na conjugação do amor
leque chinês
corpos-borboleta se elevam aos céus
em pleno vôo de puro êxtase.
Batem os sinos, corações em desatino
pulsam abafando os gemidos
sob o coro do paraíso.
Ah, Denise, dona dos olhos verdes
em teus braços desfaço meu cansaço
descobrindo segredos antigos
até então, pra mim, enigmas secretos.
Arre, arre! Rendo-me ao verbo verdejar.

Daniel Mauricio

sexta-feira, 6 de maio de 2011

INFÂNCIA


CHOVIA

          a
e
        i
                o
    u

MEU  PRIMEIRO
DIA  DE  AULA.


 Daniel Mauricio

ETERNA AUSÊNCIA

ESSE  TEU  OLHAR
ABRIU  UMA  JANELA
EM  MEUS  ARQUIVOS.
REVIVI  A  MESMA
PAIXÃO.
SENTI  CALADO
A  MESMA  AUSÊNCIA 
DE  OUTRORA.
  
 Daniel Mauricio

PÁSSARO FERIDO

                          ESCORRIA  A  POESIA.
O  AMBIENTE  CONSPIRAVA.
OS  LÁBIOS  ENTREABERTOS
RESFOLEGAVAM
SUPLICANTES.
ESCORRIA  A  POESIA.
AS  PERNAS  TREMIAM.
NUM  MOVIMENTO  DE  ANCAS ...
PÁSSARO  FERIDO  EM  MEUS  LENÇÓIS.
ESCORRIA ...
PURA  SEDUÇÃO.

Daniel Mauricio

RODA D' ÁGUA


NA

         FAZENDA

                   DO

                            VOVÔ
TEM

                   UMA






RECUPERAÇÃO

LÍNGUA.
LÍNGUA QUE  LINGUOU
MINHAS  FÉRIAS.
LÍNGUA  PORTUGUESA.
LÍNGUA  QUE  OS  BRASILEIROS
TAMBÉM  LÍNGUAM.

Daniel Mauricio

ENVELHECER

O tempo.
Sempre.
Amigo, às vezes inimigo.
Contínuo.
Sempre cavalgando com o vento.
Ah! quando eu crescer ...
Ah! quando eu ficar grande ...
Quero ser isso ... aquilo ...
Quero fazer ...
Quero ter ...
O eterno querer.
O eterno sonhar.
De repente, as temporais embranquecem.
Um frio na espinha.
O que fiz?
O que sou?
O que tenho?
O eterno marcar do relógio.
É, menino grande
os sonhos também envelhecem.

Daniel Mauricio

CAFÉ PRETO SOLIDÃO

A chuva cai ...
Talvez os olhos que choram.
O vento sopra ...
Talvez a solidão que espreita.
Tomo meu café preto.
Tomo meu café pre
                               to
Talvez seja a saudade pedindo
pra mais uma noite
                              ficar


Daniel Mauricio

TEMPO

Era o mesmo céu,
a mesma lua,
o mesmo mar.
Só não era mais
o mesmo eu,
o mesmo você.

Daniel Mauricio


Alma Gêmea

ELIANE
Em lugares incertos
em vão vagueia
meu pensamento
em busca aos teus.
Sonhos são sonhos
imagens imperfeitas
que refletem a solidão.

Daniel Mauricio

DESAGUAR DO AMOR

LIA
LI EM TUA PELE MACIA
COMO SE CEGO FOSSE
EM BRAILLE,
A LINGUAGEM DO AMOR
UVA ITÁLIA
VINHO INEBRIANTE
QUE ME AQUECE DO FRIO.
GEMIDOS RESFOLEGANTES
CORPOS FEBRIS
EM MOVIMENTOS INSTINTIVOS
DILATAM-SE AS VEIAS
EM TI, LEOA MOLHADA
DESÁGUO O MEU PRAZER

Daniel Mauricio



sexta-feira, 15 de abril de 2011

MAR...ISE

MARISE
AZUL DO AZUL
É O AZUL DO CÉU
COMBINADO COM O AZUL DO MAR
AZUL DO AZUL
É O AZUL DOS OLHOS SEUS
DE REPENTE COMO UMA ONDA
VOCÊ SE AFASTOU...
RECUOU...
DEIXANDO A AREIA LIMPA, EXPOSTA
CARREGOU MEUS SENTIMENTOS
FICANDO SÓ A TRISTEZA E A DOR
LÁGRIMAS ESCORRERAM ATÉ O
CANTO DA MINHA BOCA
SALGADO MAR.
OH! PAR DE OLHOS AZUIS
AO SOPRAR DE UM ANJO
ASSIM COMO A ONDA
COMO POR ENCANTO VOCÊ RETORNOU
MEUS OLHOS SECARAM
E MEU CORAÇÃO VOLTOU A SE ENCHER.

Daniel Mauricio

segunda-feira, 11 de abril de 2011

É DOÍDO DEMAIS

AH! É DOÍDO DEMAIS
VIVER
SEM O TEU SORRISO
COLORIDO
SEM O TEU OLHAR
ILUMINANDO
O MEU CAMINHO
É DOÍDO DEMAIS.
AH! É DOÍDO DEMAIS
VIVER
COM A TUA AUSÊNCIA
MEUS BRAÇOS PERDIDOS
ENTRE OS LENÇOIS
É DOÍDO DEMAIS.
AH! É DOÍDO DEMAIS
VIVER
EU ANJO CAÍDO
PERDIDO
COLIBRI SEM FLOR
É DOÍDO DEMAIS.
AH! É DOÍDO DEMAIS
VIVER
EU BORBOLETA TONTA
NA VIDRAÇA A SE BATER
É DOÍDO DEMAIS.
AH! É DOÍDO DEMAIS
VIVER
SEM TI MINHA GAZELA
IRMÃ MINHA
MEU AMOR.
AH! VOLTA PRA MIM
SOL MEU
ME PÕE EM PRUMO
POR FAVOR ME DÁ UM RUMO
POIS SEM TI NÃO SEI
VIVER.

Daniel Mauricio

DEUSA DO EGITO

MARIZA
LEMBRA MAR
LEMBRA ISIS
DEUSA DO VELHO EGITO
OLHOS DO NILO
ESMERALDAS CATIVANTES
A TUA EXISTÊNCIA
OH! TÂMARA MADURA
ACALENTA MEUS SONHOS E
ALIMENTA A MINH’ALMA
SEDENTA NO DESERTO
EM TEU CORPO SINUOSO
FONTE DE VIDA E PRAZER
DEPOSITO MEU CORPO DESNUDO
EM PLENO SOL DA PAIXÃO.

Daniel Mauricio

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ANJO AZUL

MARTA
ANJO AZUL
EM FORMA DE MULHER
MOVIMENTOS SINGELOS
COMO O POUSAR DE UMA BORBOLETA
EM UM CAMPO DE MARGARIDAS.
CORPO DELICADO
TAÇA DE CRISTAL, OU SERIA
UMA BONECA DE PORCELANA?
BELEZA FRÁGIL
COMO UM COLIBRI FESTEIRO
NAS FLORES DOS LARANJAIS.
ÀS VEZES CONSELHEIRA,
DISTRIBUI SABEDORIA
COMO A PITONISA
DO ORÁCULO DE DELFOS.
ÀS VEZES FADA
CONCEDENDO A REALIZAÇÃO DOS DESEJOS.
E POR FALAR EM DESEJOS
PEÇO SEMPRE A MINHA FADA
QUE CONCEDA VOCÊ PRA MIM.

Daniel Mauricio

RAIO DE LUAR


Georgiana ...
Raio de Luar.
Tu és meu vício
minha paixão.
Como anseio
o anoitecer
“iané pitúna”
para mergulhar
em teus olhos
e ter todo o meu corpo
agasalhado em ti.
Anauê, anauê,
Raio de Luar!
No silêncio das águas mansas
te vejo bela, refletida,
de véu e grinalda
eternamente, como a me esperar.
Ao criptar da fogueira
aos pés das montanhas
canto o meu hino de amor.
Ao som do tambor
que se propaga com o vento
danço, incansável
em tua homenagem.
Anauê, anauê!
Raio de Luar - Cabelos da Noite.
Os guerreiros te saúdam,
Anauê.
 
Daniel mauricio

HOJE


Hoje,
Meus versos insistiram a brotar
Mesmo sofridos e
Impregnados de dor.
É que hoje, nossa família ficou menor.
Nossos olhos voltaram a ficar marejados
E os corações ainda mais apertados
Voltaram a sangrar.
Morte.
Palavra dura, que até rima com sorte
Mas não traz felicidade
Não, para os pais de choram
Não, para os filhos que ficam
Não, para os amigos que sofrem.
Morte.
Pedra amarga
Que cai sobre as cabeças
Não tendo preferência
De cor, sexo, idade,
Posição social,
Condição financeira,
Nem tão pouco o QI.
Simplesmente
Não mais que um instante
O Anjo torto da Morte diz:
Filho, o Pai te chama de volta ao Lar.

Daniel Mauricio

DOR


DOR
até que rima com flor
só não tem a sua beleza,
o seu colorido,
o seu perfume.
A dor é seca
feito um estampido de bala
é espinho na carne
é lágrima da alma.
Por isso, não se atraque na bala
distribua chiclete
cultive a paz
distribua sorriso
flor rima com amor que
não combina com DOR.

Daniel Mauricio