quarta-feira, 1 de junho de 2011

ODALISCA

Elaine
meu sangue mouro
pulsa forte no peito
gritando pelo teu nome,
louco de desejos.
Corpo magnífico
torre majestosa
embriaga meus olhos
que não se cansam de admirar.
Na escalada do amor
tira o meu ar
enfraquece meu corpo
mas eleva minha alma de alpinista
aos píncaros da emoção.
Meus pensamentos
são folhas secas que se desprendem,
e levadas pelo vento
vão em busca do teu cheiro de mulher.
Oh, deusa do meu amor perdido
é prazeroso tocar sua pele macia,
passar a língua vagarosamente
no teu baixo ventre
que entre arrepios e gemidos quentes
enlaça-me como serpente
esgotando o meu ser.
Mamilos suplicantes
frutos da antiga Pérsia
saciam minha sede.
Em minha tenda de tuaregue do deserto
sinto-me um poderoso sultão.
Vem, odalisca preciosa, doce Sherazade,
olhos esverdeados ou seriam multicor?
Entre véus e pedrarias
me seduz com a dança do amor.

Daniel Mauricio

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