Caderno de Poesia
sábado, 1 de dezembro de 2012
TEMPO DO TEMPO
Como um ritual sagrado
ininterruptamente
desfilam as fases da lua.
De janeiro a janeiro
as décadas despencam do calendário.
Daniel Mauricio
EM PRETO E BRANCO
Com o passar dos anos
a realidade em preto e branco
preencheu a tela multicor de aquarela
dos sonhos de outrora.
Daniel Mauricio
BAILARINO
Não sei dançar
mas no meio do salão,
meus olhos dançam
todos os ritmos
Daniel Mauricio
VERÃO
O sol beijou a cerca envelhecida
acordando os pés das onze-horas
ao amanhecer.
Daniel Mauricio
INFÂNCIA
O trem apita ao longe
surgindo como uma cobra gigante
entre os barrancos escavados.
Às margens da ferrovia
as casinhas enfileiradas tremem assustadas
enquanto o menino dorme indiferente,
sonhando que era engenheiro.
Daniel Mauricio
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